domingo, 15 de novembro de 2015

kit de Primeiros Socorros, o que levo?



A primeira dúvida que sempre vem em mente é: o que deve ter no meu kit de Primeiros Socorros?

Itens básicos são essenciais, como por exemplo: faixa elástica, gaze, esparadrapo, band-aid, luvas e um saquinho para descartar o que foi utilizado.

Aí você me pergunta, para que luvas? Realmente eu nunca precisei delas, aliás de quase nada do meu kit. Mas imagine que no seu grupo tenham pessoas que você não conheça e precise fazer curativo em um corte. Sua segurança em 1º lugar, portanto, evite o contato com o sangue.

Não existem regras padrões para você montar seu kit. Isso dependerá de alguns fatores determinantes como: se seu kit será de uso pessoal ou não (quantidade), quais medicamentos costuma usar, se você é socorrista profissional, etc.

Aí vão algumas dicas:
  • Agulha e pinça: acho que é a única coisa que usei do meu kit até hoje! Não, não tive que costurar ninguém, kkk. Agulha (de costura mesmo) e pinça são muito úteis para tirar espinhos e farpas. Se necessário, esterilize a agulha com fogo.
  • Soro ou Antisséptico a base de Clorexidina: para limpeza de machucados, mas pode ser substituído por água (do cantil) + sabonete neutro.
  • Pomada contra Assaduras
  • Medicamentos: para dor de cabeça, dor abdominal, antitérmico, antidiarreico, relaxante muscular, pomada antialérgica (para picadas de insetos), pomada para queimadura, entre outros, de acordo com a sua necessidade.
  • Manta Aluminizada: isolante térmico
  • Tesoura sem Ponta: para cortar a faixa ou a roupa do corpo, em caso de ferimentos que não dê para tirá-la.
  • Termômetro
  • Absorvente Feminino: também serve para "socorrer" alguma mulher desprevenida, mas você conseguiria pensar em outra finalidade?! Hum, "tá" curioso(a), né?! Absorvente é muito útil para estancar hemorragia de cortes profundos! 
Agora que você já separou os itens do seu kit pessoal, onde vai colocá-los? Pode ser numa necessaire ou pote plástico.

Atenção:
  • Nunca dê medicamentos para pessoas que não sabem se podem usá-los. Falo isso, porque tenho uma amiga que é alérgica a qualquer tipo de anti-inflamatório (inclusive spray e pomada) e analgésico (exceto paracetamol).
  • Verifique sempre a validade dos medicamentos de seu kit.
Esse é meu kit pessoal e a única coisa que incluiria nele é a manta aluminizada.








quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Como Escolher uma Bota para Trekking?


Parece uma missão impossível escolher uma bota entre tantas marcas e modelos, não é mesmo?

Se tiver boas dicas, essa tarefa será trabalhosa, mas não tão difícil assim!
O que precisa ter em mente é que uma bota deve ser confortável e resistente. E como descobrir se ficará confortável no pé? Simples: provando! Experimente vários modelos e ande bastante pela loja.
Outro ponto que é necessário atenção, é que numa caminhada os pés incham e normalmente as meias para trekking são mais grossas, então se seus dedos ficarem encostando na biqueira é melhor levar um tamanho maior.
Mas quais características uma boa bota deve ter?
  • Solado: deve ser espesso, com cravos e ranhuras para evitar escorregões. Solado Vibram é uma das melhores marcas no mercado, mas também há outras como a Contagrip, Carbon X Grip, Amazonas, etc.
  • Leveza: quanto mais leve, maior agilidade e velocidade terá. Com a tecnologia atual existem muitos materiais leves e resistentes.
  • Impermeabilidade: para transpor riachos que não ultrapassem a altura do cano, poças de água/lama. Legal manter o pé seco!
  • Transpirabilidade: auxilia no controle da temperatura e umidade interna. É importante haver a marca/tecnologia Gore-tex, Climatex, HydroSeal, Sympatex, Outlast, etc.
  • Biqueira Reforçada: maior durabilidade para o calçado e maior proteção para seu pé. Sabe aqueles tropicões, né?
  • Reforço de Tornozelo: protege contra torções.
  • Palmilhas: tecnologias como Comfort Fit, Ortholite, entre outras trazem maior conforto.
                        Lembrem-se: equipamento é investimento!

Avaliações sobre as marcas:

Se pesquisar na internet verá que nenhuma marca se salva das reclamações. Defeitos podem ocorrer, então avalie o custo x benefício, a forma que a empresa solucionou o problema do cliente, experimente e faça sua escolha!

Já tive uma Salomon (não lembro o modelo) e com pouco mais de 1 ano de uso o solado descolou inteirinho na Travessia Castelhanos x Bonete, sorte que já estava no final. Mas conheço muita gente que considera como melhor marca no Brasil.

Tenho uma Timberland Trail Dust e a aderência sobre rochas é péssima, escorrega demais, mas para andar na terra atende as expectativas.



Meu brother também tem uma Timberland Chochorua 6 200G WP. É bem leve, pesa 200 gramas, é impermeável, mas a aderência sobre rochas também é ruim, além de esquentar e em apenas 2 vezes de uso começou descolar. Mas como foi adquirida numa promoção, ainda está valendo a pena.



Recentemente comprei uma Vento/Nômade Titã, é extremamente confortável, estável (até sobre rochas), solado Vibram, biqueira e tornozelo reforçados mas a impermeabilidade deixa a desejar, fora que com menos de 10 vezes de uso a lateral do solado está descolando.

Pesquisei entre colegas de trilha e vejam os comentários:

Thiago Henrique Baiões
Uso Bull Terrier Adventure Sports, é resistente, grande durabilidade, boa aderência ao solo (exceto limo e muita lama), mas não é muito confortável, porque é meio dura e um pouco pesada. Pelo preço acessível vale a pena.




Ana Caroline Ferreira
Adquiri recentemente a Quechua Forclaz 500 Feminina (marca exclusiva da loja Decathlon) e acredito que ela responda bem ao quesito custo x benefício. Uso calçados entre os números 35 e 36 e a que comprei no número 35 se encaixou perfeitamente ao meu pé. Ela não é muito justa, o que permite o uso de meias mais grossas, que proporcionam um conforto maior, principalmente na região do tornozelo. O solado é satisfatório em diferentes terrenos, como rochas secas e molhadas, lama e gramado. Quanto a impermeabilidade, ainda não tive a oportunidade de testar de forma efetiva, mas nas poucas vezes em que precisei colocar o pé na água (rapidamente), ela de fato não permitiu sua entrada. É um modelo leve, porém dá estabilidade ao pé, permitindo uma caminhada com segurança. O bico dela não é tão duro quanto o de outros modelos, nem o cano é tão alto, então mesmo que ainda não tenha me machucado, pode ser que em um terreno que exija mais proteção ao pé, ela deixe a desejar.

Osiel Coelho
Faz pouco tempo que comprei a The North Face Storm Mid WP e estou gostando bastante. É leve, confortável, impermeável, solado Vibram, traz segurança na caminhada porque é bastante estável. Só demora para secar quando molha totalmente (watertrekking).


Anderson Andrade
A bota The North Face Wreck Mid GTX é leve, impermeável, transpirável, projetada com a tecnologia Gore-tex e um solado de borracha Vibram. Além disso, ela é muito confortável. Antes de comprar, pesquisei acerca dessas tecnologias, como ela é da coleção anterior, comprei por um preço abaixo da media, valeu pelo custo benefício. Ela também tem um design legal. Apesar de ler na internet que a faixa vermelha no solado vai desgastar, mas impacta apenas no visual.
Antes de comprar essa nova, eu tive outra bota Timberland. Eu pesquisei a respeito para comprar da mesma marca, mas identifiquei alguns comentários negativos, afirmando que a Timberland perdeu um pouco da qualidade nos últimos anos. Principalmente sobre o solado.



quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Parque Estadual da Cantareira

Considerada uma das maiores Florestas Urbanas do mundo, com muitas nascentes, o parque tornou-se importante na história de abastecimento de água de São Paulo.

Seu nome vem de 4 séculos atrás, onde era comum o armazenamento de água em cântaros (jarros de barro) e as prateleiras onde eles ficavam, chamavam-se cantareiras. Era o ponto de parada e comércio de tropeiros, que deram o nome ao local de Serra da Cantareira.

O Parque é divido em 4 núcleos, dos quais já visitei 3 deles: Pedra Grande, Águas Claras e Engordador. Falta só o Cabuçu.

Vem comigo que vou contar para vocês sobre minhas visitas!

As trilhas são autoguiadas, com placas informativas sobre flora e fauna, o ambiente é bem organizado e limpo.

O acesso para a Pedra Grande (pelo núcleo Pedra Grande) é uma "rua" asfaltada, antiga estrada usada pelos tropeiros. 


Depois de subir 4,8km cheguei na pedra que estava lotada (nas 2 vezes). Lá de cima avistei um pouco da mata do parque e a "selva de pedras" que é a cidade de São Paulo, eu particularmente não gostei muito do que vi, mas ali parei um minuto para refletir e imaginar como era aquela vista e o que se tornou hoje, devido ao progresso. "São Paulo não é só uma cidade com trânsito caótico, violência e com desigualdade social. É o meu lar, a antiga terra da garoa (hoje é raro garoar!) é uma cidade cosmopolita que tem história para contar e uma incrível mistura cultural, que foi impulsionada pelo "ouro negro", o café. Hoje, São Paulo exerce significativa influência nacional e internacional."




Bom, chega de filosofar! Ao lado da formação rochosa há a Casa de Pedra, um museu com uma sacada bem legal para fotos!



Fiz também as trilhas da Bica (1,5km), Figueira (1,2km), Bugio (370m) e fui para o acesso ao Núcleo Águas Claras, onde consegui percorrer a Trilha das Águas (500m) e a da Samambaiaçu (1,5km), mas não consegui completar a Trilha da Suçuarana (3,7km), pois o guarda do parque me pediu educadamente que voltasse, pois já estava na hora de fechar.




O Núcleo Engordador é assim chamado, pois na região havia uma fazenda de engorda de gado que vinha do interior para ser comercializado na capital.
Na chegada, parei no centro de visitantes, que possui uma maquete da Serra da Cantareira e alguns animais empalhados. Depois percorri a trilha circular do Macuco (746m), que acompanha o Córrego Curupira e tem canos do antigo sistema de abastecimento.



Em seguida, fiz um lanche nas mesinhas próximas à Ducha do Guaru e à Casa da Bomba e fui para a Trilha da Cachoeira (3km). Logo no início já avistei um Jacu,  esta trilha também é circular e passei por 3 cachoeiras: a do Tombo, a do Engordador e a do Véu. Lamentável... A quantidade de água das quedas é mísera. Infelizmente, talvez daqui mais alguns anos elas deixem de existir...





Na volta, vi um bando de macacos-prego, alguns mais curiosos desciam até os galhos mais baixos. 



Finalizei a trilha e fui até o "mirante" da represa... Olha, que chova alguns meses sem parar, pois a situação está bem crítica...



Vamos economizar água galera!!!

EQUIPAMENTOS IDEAIS PARA ESSA TRILHA

Vestimenta
  • Calça 
  • Camiseta 
  • Bota para trilha 
  • Boné ou chapéu
  • Roupas íntimas confortáveis
Dentro da mochila de ataque
  • Repelente
  • Protetor Solar 
  • Câmera e/ou filmadora
  • Cantil, Garrafa ou Squeeze (com água)
  • Alimentos: barrinha de cereal, fruta in natura (indico maçã), frutas secas, castanhas ou chocolate (energia). Claro que não é necessário levar tudo isso, escolha de acordo com sua preferência.
Dicas
  • No local há banheiros
  • Endomondo: usamos este aplicativo de celular para medir a distância, tempo e o traçado do caminho 
  • Mesmo podendo não ser necessário, mas por precaução é bom levar um kit de primeiros-socorros, lanterna e faca. Nunca se sabe o que pode acontecer...
ATENÇÃO!
  • Não ingira bebidas alcoólicas, nem use substâncias que alterem o estado físico e psicológico
  • Leve seu lixo e se possível, recolha o que encontrar pelo caminho também. A natureza agradece!


quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Fazenda Ipanema

A  Floresta Nacional Ipanema, na cidade de Iperó, é um lugar fantástico que reúne história, trilhas e contos de assombração!

Fizemos a trilha da Pedra Santa e passamos pela Gruta do Monge, onde viveu Giovanni Maria de Agostini, que fez votos de castidade e pobreza e tornou-se um eremita. Dedicava-se a penitência, meditação e orações e sabia combinar o uso de plantas e raízes para fins medicinais, com isso ganhou fama de santo e muitos o procuravam em busca de cura.

Fomos até o cruzeiro da Pedra Santa, que tem uma vista maravilhosa e uma das primeiras peças fabricadas ali: a cruz de ferro!



Depois conhecemos o monumento a Varnhagen (Visconde de Porto Seguro), considerado um dos maiores historiadores brasileiros. Ele era filho de um dos diretores da fábrica, que a dirigiu entre 1815 e 1821.





Voltamos e fomos conhecer um pedacinho do passado do Brasil! Senta que lá vem história!



https://www.endomondo.com/users/23009218/workouts/546691455?country=br&measure=metric&action_type_map=%5B%22fitness.walks%22%5D&fb_action_types=fitness.walks&fb_action_ids=998765800142444&fb_source=other_multiline&lang=en&action_object_map=%5B867026320012671%5D&action_ref_map=%5B%5D&o=course
 
No século XVI, com a febre do ouro e as bandeiras para o oeste do Brasil, Afonso Sardinha acabou descobrindo a "montanha de ferro", o Morro Araçoiaba, que em Tupi significa "Cobertura do Sol", em referência ao por do sol atrás dos morros parecidos com chapéus.

Como o mineral não deixava ninguém rico, houve algumas tentativas infrutíferas de extração do ferro. Mas a fundição só tomou força com a vinda da Família Real para o Brasil em 1808 e em 1810 foi fundada a Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema, que possuía o minério mais rico do mundo, chegando a ter 72% de ferro.

Altos e baixos na administração, a Lei Áurea e crises políticas chegaram a dissolver a fábrica, mas com a Guerra do Paraguai ela voltou com força total e foi a época que mais produziu ferro.

Em 1895, já sob o governo republicano, as atividades siderúrgicas foram encerradas e hoje as terras são administradas pelo Ministério do Meio Ambiente. Podemos ver vários monumentos, como Fábrica de Armas Brancas, o casarão da sede e senzala, os fornos, a Casa da Guarda e Ponte Articulada.


Fábrica de Armas Brancas

Fábrica de Armas Brancas por dentro

Fábrica de Armas Brancas

Casarão da sede e senzala

Fornos

Casa da Guarda

Ponte Articulada
Dizem que essas construções são assombradas, pois os escravos que ali trabalharam, levaram uma vida sofrida e não chegavam nem aos 35 anos, devido à brusca mudança de temperatura dos fornos para as noites frias da região. 

No local há uma represa, que também foi a 1ª represa do Brasil, ela é funda nas beiradas e mais rasa no meio, o que impedia a fuga dos escravos que trabalhavam com as pesadas bolas de ferro presas ao pé e caso algum deles conseguissem ultrapassar a beirada, eram facilmente avistados no meio da represa.
Represa vista de dentro da Casa da Guarda
Curiosidade

Praia de Ipanema

Ipanema em Tupi significa “água ruim", imprópria para o mergulho e a pesca. Nesse vasto país há outras "Ipanemas" batizadas pelos indígenas, mas a famosa praia de Ipanema ganhou esse nome não por causa da sujeira das águas...

A verdade é que José Antônio Moreira Filho (1830-1899), o segundo Barão de Ipanema, comprou as terras onde hoje está localizado o bairro carioca, no fim do século 19, e fundou, em 1894, a Vila Ipanema. Seu pai, José Antônio Moreira, o primeiro Barão de Ipanema, era um  minerador que, ao receber o título de barão em 1847, decidiu homenagear seu local de nascimento, a vila de São João de Ipanema, hoje pertencente a Iperó.

Moreira Filho apenas transferiu o título de nobreza de sua família para as terras que acabara de comprar, banhadas por água limpa, cristalina, transparente e piscosa e a Ipanema carioca acabou recebendo artificialmente esse nome.


Consulte próximas saídas e venha com a TrilheG.A.L. nessa aventura!

Whats: 11 974535850 - Bruna
E-mail: trilhegal@gmail.com
https://www.facebook.com/trilhe.garantindoaliberdade/
www.trilhegal.com.br



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Trilha do Mirante - Paranapiacaba

Pertencente à Santo André, Paranapiacaba, que em Tupi significa "Lugar de onde se vê o mar", é uma charmosa vila em estilo vitoriano que nasceu junto com a construção da 1ª ferrovia que ligava Jundiaí à baixada Santista e era destinada a escoação do "ouro verde" do Brasil, o café.


Se estiver de carro, estacione na parte alta da cidade, haverá vagas demarcadas no chão e pessoas que anotam a placa e cuidam do seu veículo, aí é só dar um dinheiro na volta, ou poderá acessar a parte baixa da vila pela estrada de terra (7 km), à esquerda na Rodovia Dep. Antonio Adib Chammas (há placa indicando). 

Agora se for de transporte público, descerá na estação de Rio Grande da Serra (Linha 10 - Turquesa) e pegará o ônibus para Paranapiacaba, que o deixará parte alta.

Se parar na parte alta, desça a rua da igreja e vá na direção da passarela que cruzará os trilhos, continue à esquerda quando acabar a passarela, até a AMA (Associação de Monitores Ambientais), onde conseguirá um monitor para te acompanhar. Todas as trilhas em Paranapiacaba devem ser feitas com acompanhamento de monitores ambientais.





Da AMA, entramos na próxima à direita, numa estradinha chamada Caminho da Bela Vista, sugestivo o nome, né?! 

Prepare-se que será só subida. Mais alguns minutos e avistará a guarita e a cancela, onde o monitor se identificará.

Depois de mais subida, à direita, haverá uma placa e uns bancos de madeira, indicando a entrada para a Trilha do Mirante.

A estradinha ficará para trás, agora seguirá numa trilha mesmo e não haverá mais subidas puxadas. Na bifurcação, siga à direita. Passará por um paredão de pedra à esquerda, chamada Pedra do Índio, aí você pode deixar sua imaginação fluir... Eu vi um gorila e um ET, mas tem quem veja um índio, por isso o nome da pedra.




Quando chegar num descampado e avistar Cubatão lá em baixo, significa que chegou no mirante!!! Delicie-se com a maravilhosa vista! Conseguirá ver até a estrada de ferro, que ainda está em atividade e a antiga funicular.



Claro que não poderiam faltar as fotos para registrar o momento! Após vários "clicks" e respirarmos fundo, pegamos a trilha de volta e chegamos na vila a tempo de almoçar!

Apesar da subida, achamos a trilha fácil, com 4 km ida e volta.

As indicações foram o Bar da Zilda, ou o Bar do Beto. Preferimos o Bar do Beto (descendo a rua, entrar a direita depois da AMA (parece um quintal, é a porta bem de frente).

Comida caseira e caprichada, com direito a degustação de doce de abóbora! Aproveite também para provar a geleia de cambuci. Eu acabei comprando um pote!

Com certeza é um lugar apaixonante que voltarei mais vezes, pois ainda há muito o que conhecer!

Consulte próximas saídas e venha com a TrilheG.A.L. nessa aventura!
Whats: 11 974535850 - Bruna
E-mail: trilhegal@gmail.com
https://www.facebook.com/trilhe.garantindoaliberdade/
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http://trilhegal.blogspot.com.br/p/trilha-do-mirante-paranapiacaba.html






quarta-feira, 22 de julho de 2015

AS CACHOEIRAS DA FUMAÇA, GRAMPOS, ESCONDIDA E CRISTAL SEMPRE FORAM PROIBIDAS, MAS AGORA ESTÃO COM FISCALIZAÇÃO INTENSA E NINGUÉM DEVE ACESSAR O LOCAL, RISCO DE AUTUAÇÃO! (Informação de Janeiro/2016)



De uma conversa com um amigo, o Sulivan, apareceu a chance de fazer a travessia da Ferradura da Fumaça. Como ele é morador da região, conhece bem para aquelas bandas!
Depois de tudo combinado, saí de casa 6:30 da manhã, peguei o Sulivan no caminho e chegamos em frente ao antigo Clube da Solvay às 8:30hs, onde deixamos o carro estacionado. Andamos aproximadamente 1 km pelo acostamento da Rodovia Dep. Adib Chammas em direção à Paranapiacaba e entramos para a trilha da Cachoeira da Fumaça.

Entrada para a Trilha da Cachoeira da Fumaça
Os primeiros 6 km são praticamente planos, com locais alagados e atoleiros. A trilha é bem demarcada no chão, apesar da vegetação estar estreitando o caminho em vários trechos. Aconselho ir de manga comprida.


Após passar o primeiro poço (chamado de Prainha da Fumaça), a trilha continua seguindo a margem esquerda do rio. Continue caminhando, avistando sempre o rio à sua direita.


Mais para frente, à esquerda, há um mirante da cidade de Cubatão. Aproveitamos o visual para umas fotos e beber água. 



Em seguida, continuamos descendo a trilha. Chegando no riacho, há 2 opções: ou caminhar em seu leito ou cruzá-lo e pegar a trilha em sua margem direita. Escolhemos a trilha, que acaba em uma "bifurcação de riachos" (rs). O que vem da direita, tem uma cachoeirinha simpática, mas não é a Fumaça.



Siga o riacho da esquerda e logo avistará o horizonte, parecendo que o chão acaba! Pronto, chegamos na Fumaça.


Muito cuidado aqui! Não abusem da adrenalina querendo ir até a queda, pois esse local é extremamente perigoso e já foi palco de vários acidentes e grupos perdidos.


Depois de algumas demonstrações do Sulivan, indicando laaaá em baixo para onde seguiríamos, pegamos a trilha de novo, que sai do lado esquerdo da Fumaça (olhando para o horizonte, siga à esquerda). Logo avistará, à direita, uma trilhazinha de barro íngreme, mas muito íngreme mesmo! Esteja com suas mãos livres para apoiar e dar mais firmeza.

Quando começa ficar plano, é sinal que está chegando na base da Cachoeira da Fumaça! Mas não pense que ficará mais fácil, pois fácil foi só o dia de ontem! kkkk



Continue descendo mais um pouco (da trilha que veio) e observe do outro lado do curso de água, onde a trilha continuará pela mata, até chegar em um poço com uma queda. 


Continue pela trilha na mata, sempre na margem direita, passará por mais um poço, até chegar o Portal do Vale da Morte*, o encontro dos 3 rios: o que vem da Fumaça (Rio da Solvay), o que vem da Cristal (Rio das Pedras) e o Rio Vermelho. Primeiro avistará a queda do Rio Vermelho à direita e um pouco mais abaixo verá o rio que vem da Cachoeira Cristal.

*Vale da Morte: este nome surgiu na década de 80, quando Cubatão recebeu o título da ONU como cidade mais poluída do mundo.  Referia-se ao Vale do Rio Mogi que atravessa todo o pólo industrial.
Cubatão conseguiu enfrentar seus problemas ambientais com sucesso e foi considerada pela ONU como "Cidade-Símbolo da Recuperação Ambiental".
O "Vale da Morte" migrou para o Rio da Onça, pois devido a todos os seus acidentes geográficos, como canyons, enormes cachoeiras e poços profundos presenciou fatalidades com grupos de pessoas despreparadas e imprudentes que tentavam transpô-lo, descendo a Serra do Mar, rumo a Cubatão.

Passamos por um vão entre as pedras e descemos um pouquinho até um enorme poço!




Aproveitamos a parada para comer e nadar um pouquinho, em suas águas estupidamente geladas!



Voltamos pelo vão que passamos, iniciamos a subida pela direita do curso de água e logo depois cruzamos e subimos pela esquerda, que é menos difícil. Escolhemos subir sempre pelas pedras, mas há trilhas bem batidas pela mata, mas para pegar essas trilhas, deve-se atravessar várias vezes o rio.


Fomos deixando o Vale da Morte para trás e um lindo visual da Cachoeira da Fumaça, que desenha o morro onde cai.





Depois de muita escalaminhada (quem tem muito medo de altura ou não tiver prática nenhuma de andar sobre pedras, não vá!), alcançamos a Cachoeira Escondida (à esquerda), onde tinha um pessoal fazendo rapel.




De frente para a cachoeira, a trilha fica à direita. Seguimos subindo e logo à direita avistamos a Cachoeira Cristal.



Continuamos subindo e saímos num pequeno poço com uma quedinha e para não perder o costume, ignoramos a trilha e fizemos nossa última escalaminhada.
Eis que surge a visão do "inferno", uma meia dúzia de barracas, com um pessoal sem noção, restos de fogueira e lixo pelos cantos. Atravessamos a "área de camping" e avistamos o Lago Cristal... Nem foto tiramos, pois estava cheio...

Fico muito chateada de encontrar grupos que ainda agem dessa forma com o meio-ambiente...

Contornamos pela esquerda e seguimos a trilha beirando o riacho, de onde começamos recolher lixo: garrafas e pacotes de bolacha vazios, pé de chinelo, etc. No final pegamos a trilha de pedras à direita. Aproximadamente em 10 minutos encontramos uma "ponte" (um tronco sobre um tubo de concreto usado para canalizar rio) e a cruzamos. Seguimos todas as bifurcações da trilha à esquerda e na estrada de terra seguimos à direita até a Rodovia Dep. Adib Chamas. Seguimos para a direita novamente até onde o carro estava estacionado.

Foram aproximadamente 11 km de trilha e 5:30 hs de percurso total, incluindo todas as paradas.


EQUIPAMENTOS IDEAIS PARA ESTA TRILHA:

Vestimentas
  • Calça (cobrindo toda a perna, nada de legging)
  • Camiseta de manga comprida ou gandola
  • Bota para trilha (cano alto)
  • Boné ou chapéu
  • Roupa de banho, se for entrar na água, caso contrário, roupas íntimas confortáveis.
Dentro da mochila de ataque
  • Repelente
  • Protetor Solar 
  • Câmera e/ou filmadora
  • Cantil, Garrafa ou Squeeze (com água)
  • Alimentos: barrinha de cereal, fruta in natura (indico maçã), frutas secas, castanhas ou chocolate (energia), lanche frio, suco de caixinha. Claro que não é necessário levar tudo isso, escolha de acordo com sua preferência.
Dicas
  • Endomondo: usamos este aplicativo de celular para medir a distância, tempo e o traçado do caminho 
  • Se não forem com carro próprio e dependerem de transporte público na volta, sugiro que levem mais uma muda de roupa e um calçado, pois irão molhar.
  • Mesmo podendo não ser necessário, mas por precaução é bom levar um kit de primeiros-socorros, lanterna, corda, bússola ou GPS e faca. Nunca se sabe o que pode acontecer...
ATENÇÃO!
  • TRILHA DE NÍVEL DIFÍCIL, NÃO RECOMENDADA PARA INICIANTES
  • Repito: quem tem muito medo de altura ou NÃO tem prática em escalaminhada, não vá para essa trilha! 
  • Região propícia a ter TROMBAS D´ÁGUA, fiquem atentos com o previsão do tempo! Mesmo estando sol; se chover na cabeceira do rio corre-se o risco de alagamento repentino.
  • CUIDADO ao caminhar sobre as pedras (não tenha pressa), pois há muitos locais escorregadios. Use as mãos para apoiar e na dúvida, se o melhor caminho for pela água, é melhor se molhar do que arriscar levar um tombo.
  • Não ingira bebidas alcoólicas, nem use substâncias que alterem o estado físico e psicológico.
  • Oficialmente essa trilha é proibida, devido a todas as ocorrências, como: incidentes podendo levar a morte, grupos perdidos ou presos por causa de trombas d´água, mas não encontramos nenhuma fiscalização.
  • Também é proibido acampar na região, mas como há fiscalização, tem vários locais que viram campings.
  • Leve seu lixo e se possível, recolha o que encontrar pelo caminho também. A natureza agradece!