quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Fazenda Ipanema

A  Floresta Nacional Ipanema, na cidade de Iperó, é um lugar fantástico que reúne história, trilhas e contos de assombração!

Fizemos a trilha da Pedra Santa e passamos pela Gruta do Monge, onde viveu Giovanni Maria de Agostini, que fez votos de castidade e pobreza e tornou-se um eremita. Dedicava-se a penitência, meditação e orações e sabia combinar o uso de plantas e raízes para fins medicinais, com isso ganhou fama de santo e muitos o procuravam em busca de cura.

Fomos até o cruzeiro da Pedra Santa, que tem uma vista maravilhosa e uma das primeiras peças fabricadas ali: a cruz de ferro!



Depois conhecemos o monumento a Varnhagen (Visconde de Porto Seguro), considerado um dos maiores historiadores brasileiros. Ele era filho de um dos diretores da fábrica, que a dirigiu entre 1815 e 1821.





Voltamos e fomos conhecer um pedacinho do passado do Brasil! Senta que lá vem história!



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No século XVI, com a febre do ouro e as bandeiras para o oeste do Brasil, Afonso Sardinha acabou descobrindo a "montanha de ferro", o Morro Araçoiaba, que em Tupi significa "Cobertura do Sol", em referência ao por do sol atrás dos morros parecidos com chapéus.

Como o mineral não deixava ninguém rico, houve algumas tentativas infrutíferas de extração do ferro. Mas a fundição só tomou força com a vinda da Família Real para o Brasil em 1808 e em 1810 foi fundada a Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema, que possuía o minério mais rico do mundo, chegando a ter 72% de ferro.

Altos e baixos na administração, a Lei Áurea e crises políticas chegaram a dissolver a fábrica, mas com a Guerra do Paraguai ela voltou com força total e foi a época que mais produziu ferro.

Em 1895, já sob o governo republicano, as atividades siderúrgicas foram encerradas e hoje as terras são administradas pelo Ministério do Meio Ambiente. Podemos ver vários monumentos, como Fábrica de Armas Brancas, o casarão da sede e senzala, os fornos, a Casa da Guarda e Ponte Articulada.


Fábrica de Armas Brancas

Fábrica de Armas Brancas por dentro

Fábrica de Armas Brancas

Casarão da sede e senzala

Fornos

Casa da Guarda

Ponte Articulada
Dizem que essas construções são assombradas, pois os escravos que ali trabalharam, levaram uma vida sofrida e não chegavam nem aos 35 anos, devido à brusca mudança de temperatura dos fornos para as noites frias da região. 

No local há uma represa, que também foi a 1ª represa do Brasil, ela é funda nas beiradas e mais rasa no meio, o que impedia a fuga dos escravos que trabalhavam com as pesadas bolas de ferro presas ao pé e caso algum deles conseguissem ultrapassar a beirada, eram facilmente avistados no meio da represa.
Represa vista de dentro da Casa da Guarda
Curiosidade

Praia de Ipanema

Ipanema em Tupi significa “água ruim", imprópria para o mergulho e a pesca. Nesse vasto país há outras "Ipanemas" batizadas pelos indígenas, mas a famosa praia de Ipanema ganhou esse nome não por causa da sujeira das águas...

A verdade é que José Antônio Moreira Filho (1830-1899), o segundo Barão de Ipanema, comprou as terras onde hoje está localizado o bairro carioca, no fim do século 19, e fundou, em 1894, a Vila Ipanema. Seu pai, José Antônio Moreira, o primeiro Barão de Ipanema, era um  minerador que, ao receber o título de barão em 1847, decidiu homenagear seu local de nascimento, a vila de São João de Ipanema, hoje pertencente a Iperó.

Moreira Filho apenas transferiu o título de nobreza de sua família para as terras que acabara de comprar, banhadas por água limpa, cristalina, transparente e piscosa e a Ipanema carioca acabou recebendo artificialmente esse nome.


Consulte próximas saídas e venha com a TrilheG.A.L. nessa aventura!

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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Trilha do Mirante - Paranapiacaba

Pertencente à Santo André, Paranapiacaba, que em Tupi significa "Lugar de onde se vê o mar", é uma charmosa vila em estilo vitoriano que nasceu junto com a construção da 1ª ferrovia que ligava Jundiaí à baixada Santista e era destinada a escoação do "ouro verde" do Brasil, o café.


Se estiver de carro, estacione na parte alta da cidade, haverá vagas demarcadas no chão e pessoas que anotam a placa e cuidam do seu veículo, aí é só dar um dinheiro na volta, ou poderá acessar a parte baixa da vila pela estrada de terra (7 km), à esquerda na Rodovia Dep. Antonio Adib Chammas (há placa indicando). 

Agora se for de transporte público, descerá na estação de Rio Grande da Serra (Linha 10 - Turquesa) e pegará o ônibus para Paranapiacaba, que o deixará parte alta.

Se parar na parte alta, desça a rua da igreja e vá na direção da passarela que cruzará os trilhos, continue à esquerda quando acabar a passarela, até a AMA (Associação de Monitores Ambientais), onde conseguirá um monitor para te acompanhar. Todas as trilhas em Paranapiacaba devem ser feitas com acompanhamento de monitores ambientais.





Da AMA, entramos na próxima à direita, numa estradinha chamada Caminho da Bela Vista, sugestivo o nome, né?! 

Prepare-se que será só subida. Mais alguns minutos e avistará a guarita e a cancela, onde o monitor se identificará.

Depois de mais subida, à direita, haverá uma placa e uns bancos de madeira, indicando a entrada para a Trilha do Mirante.

A estradinha ficará para trás, agora seguirá numa trilha mesmo e não haverá mais subidas puxadas. Na bifurcação, siga à direita. Passará por um paredão de pedra à esquerda, chamada Pedra do Índio, aí você pode deixar sua imaginação fluir... Eu vi um gorila e um ET, mas tem quem veja um índio, por isso o nome da pedra.




Quando chegar num descampado e avistar Cubatão lá em baixo, significa que chegou no mirante!!! Delicie-se com a maravilhosa vista! Conseguirá ver até a estrada de ferro, que ainda está em atividade e a antiga funicular.



Claro que não poderiam faltar as fotos para registrar o momento! Após vários "clicks" e respirarmos fundo, pegamos a trilha de volta e chegamos na vila a tempo de almoçar!

Apesar da subida, achamos a trilha fácil, com 4 km ida e volta.

As indicações foram o Bar da Zilda, ou o Bar do Beto. Preferimos o Bar do Beto (descendo a rua, entrar a direita depois da AMA (parece um quintal, é a porta bem de frente).

Comida caseira e caprichada, com direito a degustação de doce de abóbora! Aproveite também para provar a geleia de cambuci. Eu acabei comprando um pote!

Com certeza é um lugar apaixonante que voltarei mais vezes, pois ainda há muito o que conhecer!

Consulte próximas saídas e venha com a TrilheG.A.L. nessa aventura!
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