Dia 23 de Dezembro iniciamos a subida ao Pico às 6:30h da manhã, apenas com mochila de ataque, pois não acampamos.
Com certeza subestimamos a trilha para o Pico de São Sebastião. Como já tínhamos ido uma vez, acreditávamos estar mais próximos do topo do que pensávamos.
Como a trilha está sendo mais usada pelos Monitores de Ilhabela, está bem mais aberta na parte dos bambuzais, mas tem locais que a mata abre como bosque e a trilha se perde. Erramos o caminho umas 3 vezes na subida , mas encontramos o rastro da trilha rápido.
Chegamos na pedra do bivaque, continuamos à direita e passamos entre as 2 pedras. Seguimos praticamente em frente, onde tem um tronco, já meio podre, caído na altura da cintura. Esse tronco está numa região ainda com bambus. A trilha continua descendo e parece acabar em cima de algumas pedras com bromélias, ultrapasse essas pedras e continue. Quando avistar uma outra pedra bem grande, siga a trilha subindo à esquerda. Atenção, as fitas zebradas que indicavam o caminho foram retiradas.
Daqui para frente a subida continua cada vez mais íngreme. Chegamos até a pedra onde havíamos parado da outra vez (essa foto peguei emprestada do álbum do Augusto, do blog Trilhas e Trips):
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Siga à esquerda quando chegar nessa pedra |
Continuamos a trilha pela direita da pedra, como na 1ª subida (mas a trilha certa é pela esquerda). Dessa vez levamos corda, pois a trilha some num certo trecho e fica muuuuito íngreme, com árvores caídas. Sabíamos que não estávamos na trilha certa, mas continuamos subindo e usamos a corda 2 ou 3 vezes para maior segurança. Na primeira parte, onde tinha a primeira árvore caída, fui na frente e passei a corda. Subi na árvore caída, que ainda possuía raízes no solo e estava crescendo na horizontal e o "baguio" ficou louco, quase 90 graus e a próxima árvore estava longe para eu alcançar, então desisti. Meu irmão, que é mais alto, veio e decidiu subir e passar a corda. Ouvi ele respirando fundo algumas vezes e então subiu e achou a trilha novamente! Fiquei radiante, pois afinal, meu brother estava no topo do morro e havia achado a trilha.
Começamos avistar o canal entre as árvores e até pulei de alegria, achando que o topo estava próximo!
#Sóquenão! A trilha continuava descendo e avistamos um topo um pouco mais alto à frente. Andamos mais 40 minutos e já eram 3 horas da tarde.
Sabíamos que se andássemos mais 40 minutos no máximo alcançaríamos o topo, mas não havia mais tempo, poderíamos ficar na mata no escuro e como a trilha é cheia de bifurcações e não a conhecemos muito bem, decidimos voltar...
Continuamos descendo e alcançamos o terceiro tombo da cachoeira por volta das 18 horas. Não exitamos e ficamos lá um tempo relaxando debaixo da queda.
Da próxima vez, com certeza atingiremos o topo!
EQUIPAMENTOS IDEAIS PARA ESSA TRILHA
Vestimenta
- Calça (cobrindo toda a perna, nada de legging)
- Camiseta de manga comprida ou gandola (espinhos e bambu-lixa)
- Meias compridas, que cobram toda a canela
- Roupas íntimas confortáveis
- Bota para trilha (cano alto)
- Boné ou chapéu
- Luvas (cipós com espinhos, entre os gomos dos bambus há um espinho, que parecem pelinhos)
Dentro da mochila de ataque (se não for acampar)
- Repelente
- Protetor Solar (o sol chega ao chão no início da trilha e no pico)
- Câmera e/ou filmadora
- Cantil, Garrafa ou Squeeze (mínimo 2 L de água por pessoa)
- Facão
- Bússola ou GPS
- Alimentos: barrinha de cereal, fruta in natura (indico maçã), frutas secas, castanhas ou chocolate (energia), lanche frio, suco de caixinha. Claro que não é necessário levar tudo isso, escolha de acordo com sua preferência.
Dicas
- Endomondo/Strava: aplicativo de celular para medir a distância, tempo e o traçado do caminho
- Mesmo não sendo necessário, mas por precaução é bom levar um kit de primeiros-socorros, lanterna, corda e faca. Nunca se sabe o que pode acontecer...
- Caras que também subiram o Pico de São Sebastião e que deram várias dicas: Augusto e Equipe Coco no Mato
ATENÇÃO!
- TRILHA DE NÍVEL DIFÍCIL, NÃO RECOMENDADA PARA INICIANTES
- Se não for acampar, inicie a trilha antes das 6 horas da manhã.
- Não ingira bebidas alcoólicas, nem use substâncias que alterem o estado físico e psicológico.
- ÁGUA: em 3 pontos na trilha, no início (cachoeira), próximo ao bivaque e ao pico (ver nos blogs citados)
- Leve seu lixo e se possível, recolha o que encontrar pelo caminho também. A natureza agradece!
- Cuidado com as Jararacas e Jararacuçus, normalmente estão nos bambuzais.
Para ler o relato da 1ª subida, clique aqui.
Cachoeira da Friagem