quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Cachoeira do Elefante

ATENÇÃO!!! CACHOEIRA DO ELEFANTE OU VÉU DA NOIVA SEMPRE FOI PROIBIDA, MAS AGORA ESTÁ INTERDITADA E COM FISCALIZAÇÃO DEVIDO A 2 MORTES EM UM ÚNICO MÊS! ORIENTO A NÃO TENTAR PERCORRER O CAMINHO, POSSIBILIDADE DE AUTUAÇÃO! CLIQUE AQUI PARA VER SITE DA FUNDAÇÃO FLORESTAL! (Informação de Janeiro/2016)

Dia 02/11/14, feriado de Finados é praticamente lei: todos os anos chove. Sem consultar nenhum site sobre clima, às 10hs da manhã, decidimos arrumar as coisas para fazer a Trilha da Cachoeira do Elefante, que é uma das quedas do Rio Itapanhaú, do Tupi " Y Tapuya Una" - Rio dos Forasteiros Negros. Nasce em Biritiba Mirim e após a acidentada região de serra, serpenteia a planície litorânea e deságua no Canal de Bertioga.


Trilha de nível moderado, 4 km (ida e volta), 2 hs de caminhada
Existem 2 trilhas: a travessia que começa no Km 81 e sai no Km 86, ou vai e vem pelo Km 86 mesmo.



Como já era tarde, fomos direto para o mirante do km 86 da Rodovia Mogi-Bertioga. Na serra, baixou a neblina e começou garoar e aí pensamos: "já era a trilha", mas fomos até o mirante para ver as condições.




Um grupo bem grande estava no local e tinha acabado de fazer o percurso completo, desde o Km 81. Trocamos algumas informações e decidimos descer, pois a garoa e a neblina tinham dado uma trégua.

O início da trilha é bem visível, não há erro. Às 14:10 h começamos andar e a primeira descida é bem íngreme, mas é uma "escada" formada por raízes, que facilita a caminhada. 

Chegamos ao Rio Itapanhaú, tiramos algumas fotos e estávamos procurando o local mais raso para cruzar o curso d´água, que é uma laje de pedra (já tinha lido no relato do Augusto - Trilhas e Trips). Nem tivemos o trabalho de procurar, pois 2 rapazes que estavam sentados nas pedras nos mostraram o caminho e nos ajudaram a atravessar. A pedra não é escorregadia e a correnteza não estava muito forte, pois a seca em São Paulo está feia! Mas segue uma dica: olhe bem onde vai passar, pois a rocha não é "retinha", deve passar pelos lugares mais altos e também arrastar o pé e não levantá-lo, facilita no equilíbrio.



Continuamos a trilha do outro lado do rio, que segue para a direita. Como já disse a trilha é bem demarcada e estava bastante "pisoteada", não tivemos dificuldade de navegação. Em um ponto, parece que a trilha continua em frente, mas deve-se descer um barranco à direita. 


Cruza-se o rio novamente, mas desta vez, é um fácil caminho de pedras e não precisa pisar na água.



Toca usada para bivaque à esquerda na trilha
Após esse local, haverá mais uma área para camping, cruzar e seguir na trilha em frente, na bifurcação, seguir à esquerda da pedra e sairá na base da cachoeira. 




Porque chama Cachoeira do Elefante?




Pessoal, a trilha estava relativamente limpa, mas é lastimável que nas áreas de camping as pessoas deixem lonas plásticas e lixo. Os rapazes que nos ajudaram, frequentam constantemente a cachoeira e relataram que já encontraram cobertores, lençóis, panelas e que sempre juntam o lixo e queimam quando acampam. Não é o mais correto a fazer, mas a quantidade de lixo é tanta que não havia como subir carregando tudo. 

Sempre que posso, recolho o lixo deixado por terceiros e levo comigo, tudo em prol da Natureza!



EQUIPAMENTOS IDEAIS PARA ESSA TRILHA

Vestimenta
  • Calça (cobrindo toda a perna, nada de legging)
  • Camiseta 
  • Meias compridas, que cobram toda a canela
  • Bota para trilha (cano alto)
  • Boné ou chapéu
  • Roupa de banho, se for entrar na água, ou caso contrário roupas íntimas confortáveis
Dentro da mochila de ataque
  • Repelente
  • Protetor Solar 
  • Câmera e/ou filmadora
  • Cantil, Garrafa ou Squeezze (com água)
  • Alimentos: barrinha de cereal, fruta in natura (indico maçã), frutas secas, castanhas ou chocolate (energia), lanche frio, suco de caixinha. Claro que não é necessário levar tudo isso, escolha de acordo com sua preferência.
Dicas
  • Endomondo: usamos este aplicativo de celular para medir a distância, tempo e o traçado do caminho 
  • Mesmo podendo não ser necessário, mas por precaução é bom levar um kit de primeiros-socorros,  lanterna, corda, faca, bússola ou GPS. Nunca se sabe o que pode acontecer...
  • Se não forem com carro próprio e dependerem de transporte público na volta, sugiro que levem mais uma muda de roupa e um calçado, pois irão molhar.


ATENÇÃO!
  • Não ingira bebidas alcoólicas, nem use substâncias que alterem o estado físico e psicológico.
  • Região propícia a ter TROMBAS D´ÁGUA, fiquem atentos com o previsão do tempo! Mesmo estando sol; se chover na cabeceira do rio corre-se o risco de alagamento repentino.
  • CUIDADO ao caminhar sobre as pedras (não tenha pressa), pois há muitos locais escorregadios. Use as mãos para apoiar e na dúvida, se o melhor caminho for pela água, é melhor se molhar do que arriscar levar um tombo.
  • Leve seu lixo e se possível, recolha o que encontrar pelo caminho também. A natureza agradece!
  • Não tem estrutura de apoio no local (lanchonete, banheiro, etc), apenas um estacionamento.